Como a dívida pública impacta às empresas

A dívida pública é responsável por transmitir a segurança nos novos negócios que acontecem no Brasil. Na prática, trata-se de um prognóstico que está diretamente relacionado à resolução de novos negócios, assim como a criação de novos impostos e a taxa de juros.

Justamente por isso, é interessante que todos os gestores entendam e saibam quais são os impactos de uma dívida fora de controle. De modo semelhante ao que acontece com as empresas, o nível de endividamento dita a confiança. Logo, um país endividado não é um bom lugar para fazer negócios.

Após um pico de 89% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, a dívida da União caiu nos anos seguintes. O último dado sobre os pagamentos em aberto foi em novembro de 2022. À ocasião, a dívida bruta fechou em 74,5% do PIB brasileiro.

Ao longo deste artigo, a ECCO Contabilidade explica o que é a dívida pública e detalha o impacto da irresponsabilidade fiscal ao ambiente de negócios brasileiro!

O que é a dívida pública?

A dívida pública é o valor a ser pago pela União, estados e municípios. Desse modo, valores devidos por repartições públicas são somados à dívida nacional e ditam diferentes necessidades.

Hoje, muitos fundos internacionais usam esse dado como um prognóstico na hora de definir investimentos. Isso porque o crescimento da dívida aumenta o risco de calote. Logo, países com responsabilidade fiscal tendem a chamar mais atenção, especialmente países emergentes, como é o caso do Brasil.

Qual é o impacto da dívida nacional nas empresas? 

A dívida nacional está diretamente ligada à tomada de decisão. Tanto fundos internacionais de investimento quanto o próprio Executivo consideram o nível de endividamento para definir o aumento de alíquotas, a extinção de benefícios fiscais, a taxa de juros etc.

Para entender melhor, a ECCO Contabilidade separou as quatro principais consequências da dívida pública em ascensão!

1. Aumento dos juros

Os bancos e as instituições financeiras realizam prognósticos exaustivos sob a projeção da economia de um determinado país. Assim, o aumento ou a queda da dívida está diretamente ligado à taxa de juros.

Tomar um financiamento, por exemplo, torna-se mais arriscado com a dívida em alta. Isso porque a irresponsabilidade fiscal do país aumenta o risco de inflação e perda do poder de compra. Logo, as chances do empréstimo não ser quitado é maior.

2. Diminui o poder de compra

A União pode tomar empréstimo com diferentes propósitos. Inclusive, entre diferentes argumentos estão o controle da inflação — a não emissão da moeda atrasa a inflação — e a estabilização da carga tributária.

Ao mesmo tempo, o nível de endividamento faz com que esses riscos surjam no futuro, mesmo após novos empréstimos. Quando a dívida pública deixa de ser controlada, a emissão da moeda se torna inevitável. Portanto, a inflação chega a galope.

3. Aumento da carga tributária

A falta de controle do endividamento limita a União a poucos caminhos. O mais comum é emitir mais moeda, que gera a inflação galopante. O segundo está no aumento da carga tributária e nas alíquotas dos impostos.

Especialmente essa consequência causa bastante prejuízo às empresas. Hoje, o custo-Brasil atrasa o desenvolvimento de novos negócios. Logo, um aumento da carga tributária desacelera a atividade econômica ainda mais.

4. Cresce a própria dívida pública

O crescimento da dívida pública faz ela mesma crescer. Por isso, o Governo deve atuar sempre com responsabilidade fiscal, termo em alta nos últimos anos.

Quando o nível da dívida nacional sai de um prognóstico aceitável, a desconfiança cresce. A partir disso, os juros aumentam e há a possibilidade da União sequer tomar o empréstimo. Nisso, a emissão de moeda e o aumento da carga tributária tornam-se inevitáveis.

A dívida pública no Brasil vai crescer?

A dívida pública deve se estabilizar nos próximos anos. De acordo com uma projeção do Ministério da Economia, a dívida bruta deve ficar estável em 76% nos próximos três a quatro anos antes de iniciar uma queda. A informação vem das simulações do plano do novo Executivo, que tem Fernando Haddad como atual ministro da Fazenda.

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